GENOMA PESQUISA

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

NÓ CEGO RESENHAS

O espetáculo Nó Cego, itinerante e performático com texto de Roberto massoni, direção de Rodrigo Marcondes e atuação de Juliana Vicma realizou sua estreia no dia 19 de Novembro no Sebo Café de Praia Grande, e voltará a cena neste dia 26 de Novembro no mesmo local dentro da programação do Sarau dos Pensadores da Casa do Poeta Brasileiro de Praia Grande.
Alguns espectadores ilustres resenharam a respeito do espetáculo.

RESENHA NÓ CEGO

"Nó Cego", texto do meu amigo Roberto Massoni com direção de Rodrigo Marcondes (no qual já o admirava por seu método de Teatro Genoma) realizam um ato de catarse cênica. Intercalando com o itinerante, aberto e a quebra da quarta parede; fazendo uso de uma miscelânea de métodos, entre eles Grotvsky e Artaud; com pitadas de Stanislavsky e Brecht o público é envolvido na utópica e bucólica aventura de uma personagem agoniante. Uma sensação de limite entre o abismo e o inconsciente absurdo. Uma reflexão da vida entediada e a prosperidade de uma vida que pode em milésimos declinar no fim trágico. Bem como o autor (Massoni), Marcondes deleita-se nesta viagem e explora o texto e a personagem numa impregnação ritualística profunda. Embebedando o espectador na densa catarse da vida. Uma encenação monóloga que atravevessa o corredor cego do homem que encontra-se enlaçado num tenebroso nó. Fabiano Santos, Ator


RESENHA POR LUDIMAR GOMES MOLINA

Assisti a mais um espetáculo teatral. Escrito por um grande e talentoso ( Roberto Massoni), dirigido por dois grandes e talentosos amigos (Rodrigo Marcondes e Juliana Vicma) e interpretado por uma grande e talentosa amiga ( Juliana Vicma). Com todos esses adjetivos fica bem mais fácil comentar sobre o espetáculo. Pois bem, foi um sucesso. Um texto tenso, profundo, que que faz com que nos sintamos parte dele. Juliana se superou ao interpretá-lo. Tive oportunidade de vê-la muitas e muitas vezes atuando e sei do quando ela leva a sério o que faz e a intensidade com que ela se doa ao personagem. Personagens esses, sempre muito fortes e que exigem muita concentração. Em Nó Cego, toda essa força e concentração se aliaram a audácia corajosa de inovações. Foi fantástico vê-la descendo pela corda, ultrapassando o nós e obstáculos, se arrastar pelo chão e 'arrastar" passos e olhares rumo a um final que, embora, já imaginado pela plateia não perdeu seu impacto. No semblante de Juliana durante sua atuação, a raiva, a angústia, o ódio eram tão verdadeiros, tão viscerais! Tomara que esse espetáculo possa ser encenado várias vezes e em locais diversos para que todos possam "desatar seus próprios nós.