GENOMA PESQUISA

sábado, 22 de outubro de 2016

TEATRO SELVAGEM DE SÃO PAULO NO QUINTAL DO GENOMA

Espetáculo
O Mal Dito

Inspirado em Isidore Ducasse autor Uruguaio de Os Cantos de Maldoror







Fransérgio Araújo, sozinho em cena, propõe uma construção teatral inusitada e
visceral dos Cantos de Maldoror, de Isidore Ducasse. O livro poético foi escrito entre
os anos de 1868 e 1869 e descreve cenas brutais, em que a crueldade, a maldade, a
covardia e a estupidez humanas são os principais protagonistas de uma trama brutal e
revolucionária.
A poética maldita de Isidore Ducasse é um desafio para qualquer interprete. O autor é
referência para grandes intelectuais de todo o mundo, Ducasse foi admirado por
importantes nomes da literatura universal, como: André Gide, Breton, Gaston
Barchelard, Sartre, Camus, entre outros.
Espetáculo,com concepção e atuação de Fransérgio Araújo, da Cia Ópera Ritual.

Sinopse

Um homem atormentado pela “existência” questiona a razão da vida. Sua revolta é
contra a criação, este homem acredita que, o que há de ser humano nele mesmo, é
extremamente cruel. Viver uma experiência de “quase morte” fê-lo impor a si ações
virulentas. Acreditando na revolta como saída do desespero, ele tenta fugir da
crucificação moral, e das leis da providência.


A Montagem
Com uma pesquisa corporal baseada no Teatro da Crueldade de Antonin Artaud, a
montagem desse espetáculo busca um vínculo com a exposição dos sentidos,
apoiando-se na radicalidade, em busca de uma interpretação hipersensorial, para fugir
ao naturalismo e autocontrole, atuais. A pesquisa vivenciou também processos
esquizofrênicos e bipolares e surtos psicóticos que envolveram o próprio interprete
nos ensaios e durante a pesquisa da construção da personagem.
A montagem teatral de alguns poemas de Isidore pretende, por meio do trabalho
performático do ator, mostrar as entranhas que movem e demovem a origem de uma
revolta, justamente buscando uma “revolta” apoiada na maldade humana. A peça se
propõe a desumanizar o individuo para que ele descubra de fato o que é existir.
A Cia Ópera Ritual e o Teatro Selvagem
A Cia Ópera Ritual nasceu para investigar e se aprofundar no conceito do Teatro
Selvagem, que se baseia no "teatro e a peste", de Antonin Artaud. Em busca de um
aprimoramento das técnicas para execução de um teatro que possa causar impacto
sensorial e energético, a Cia Ópera Ritual quer inclusive despertar o pensamento
transformador no intérprete e no espectador.
O Teatro Selvagem é um teatro xamânico, fundamentado na fúria santa e no
desregramento das emoções. É à força da metamorfose a serviço da vida. A
identificação com uma natureza selvagem sugerida é proveniente do autor surrealista
Isidore Ducasse é o “incidente” para criar uma encenação ritual “desumanizadora” no
sentido de extirpar o “salvaguardado, humano demasiado humano”“.
Uma respiração fixada nos órgãos é o apoio para o salto vigoroso em direção à
“ambiência ritualística”.
A atuação e direção de Fransérgio Araújo
Trabalho autoral construído por Fransérgio Araújo, com a ideia de personalizar a
atuação de forma a exibir um interprete radical do texto “maldoriano”; e a dramática
selvagem , onde, o estar em cena se torne para um ator/atriz um objetivo para
trazer à tona o “nervo exposto” tão cultuado pelo poeta revolucionário Maiàkovisk.
Fransérgio Araújo já trabalhou até agora em sua trajetória, com muitos diretores
teatrais : José Celso Martinez Corrêa, Márcio Aurélio, Hamilton Vaz Pereira, Renée
Gumiel, Antonio Mercado, Lourival Paris, Roger Avanzi , Sérgio Ferrara, Marcos
Loureiro, entre outros.
O autor Isidore Ducasse
“A obra de Isidore Ducasse é enigmática, estranha. Diria que ela se utiliza da revolta,
comum no homem, para expressar o contrário, ou seja, a máxima docilidade que pode
existir no humano. Isidore Ducasse está nos extremos: podemos citar um deles: - a
maldade humana, e a vontade de superação deste sentimento. Lautréamont é um
poeta para saborear lentamente, degustando bem devagar.
Sua imaginação delirante é de uma lucidez visionária!
Conde de Lautréamont é um dos pseudônimos do escritor Uruguaio Isidore Ducasse,
nascido em 1846 e falecido por volta de 1870. Nos seus, mais ou menos, vinte e quatro
anos de vida, o poeta “mago do surrealismo” deixou um violento livro intitulado
"Cantos de Maldoror". Maldoror foi admirado por Verlaine, André Breton, Gaston
Bachelard, Antonin Artaud, Pablo Picasso, Jean Genet.
Nascido no Uruguai, o autor morreu desconhecido e alguns dizem “misteriosamente”
por volta de 1870, em Paris. Isidore ingeriu ao que se sabe um coquetel de
alucinógenos. Autor de estilo único e avassalador até hoje impressiona a critica
literária que mesmo com o passar de mais de dois séculos de evolução, ainda não foi
alcançado o ideário brilhante e transformador de sua construção dramática, gerando
o que alguns citam, como de portador do “verbo muscular”, ou seja , uma escrita que
causa no leitor “ reações adversas” .




Serviço
Dias 13 e 14 de Janeiro 2017  sempre às 20:00 horas
Ingressos

$20.00

Local: QUINTAL DO GENOMA
Lotação: 40 lugares 
Duração 50 minutos
Ficha Técnica
Atuação , Direção, Figurino e Iluminação - Fransérgio Araújo

MASSONI E MARCONDES EM NÓ CEGO.

Nó Cego é um texto teatral escrito por Roberto Massoni no ano de 2002, um Monólogo que traz para cena uma mulher num diálogo metafísico com Deus, ou uma força superior, num auto julgamento de sua existência. Defendendo esta personagem está a atriz Juliana Vicma. Depois de vários anos de um relacionamento Histórico e de uma amizade ímpar, Marcondes e Massoni estarão juntos em criatividade neste belo solo, com o absurdo de um e a transgressão do outro. Nó Cego nasce para marcar o Tempo deste encontro de pólvora e poesia que é Massoni e Marcondes.