DE VOLTA AOS PALCOS NO DIA 28 DE FEVEREIRO DE 2015 ÀS 20 HORAS NO ESPAÇO CULTURAL ARUEIRAS DO BRASIL
CONVITES R$10.00(DEZ REAIS)
SALOMÉ – Rumor das Asas do Anjo da Morte
CONVITES R$10.00(DEZ REAIS)
SALOMÉ – Rumor das Asas do Anjo da Morte
Sinopse
O
Espetáculo Salomé – Rumor das Asas do Anjo da Morte com texto e
direção de Rodrigo Marcondes, que se inspirou na obra de Oscar
Wilde para montar este drama lírico.
A
partir do processo interpretativo e estético Teatro Genoma criado e
desenvolvido por Rodrigo Marcondes, as personagens vão sendo
esculpidas cena a cena, um teatro onde o ator usa e abusa do vigor
físico, trazendo para o palco toda a paixão, sedução, loucura e
obsessão de Salomé diante do profeta João Batista e sua fé no
Criador. Um conflito de desejo que vai ganhando cor nas mãos do Anjo
da Morte. No elenco estão Juliana Vicma – como Salomé, Fábio
Massanet – como João Batista, Iris Mendes – como Anjo da Morte,
Kleber Fernando – como Herodes.O espetáculo Salomé – Rumor das Asas
do Anjo da Morte é uma montagem da Companhia Teatro Genoma, com
duração de 60 minutos.
CRITICA
DE ROBERTO MASSONI
Dramaturgo
– Diretor e Ator de Teatro.
Companhia
Teatro Genoma liderada pelo Diretor e dramaturgo Rodrigo Marcondes,
apresenta Salomé, livre adaptação do texto de Oscar Wilde.
Tema
universal, Wilde retirou do livro sagrado do cristianismo a história
de Salomé que, por não ser correspondido em sua paixão, pede a
Herodes o assassinatos de João Batista, e não apenas isto: mas que
fosse decapitado e sua cabeça trazida até Salomé numa bandeja de
prata, provando que a paixão respondida ou não, cega, e não só
cega: mas enlouquece.
Rodrigo
Marcondes entregue de corpo e alma as delicias e dificuldades da arte
teatral, utiliza no espetáculo a linguagem estética e
interpretativa do teatro genoma, o processo de formação de ator e
criação das personagens do espetáculo laborado pelo inquieto e
empreendedor artista. Em cena, duas atrizes Juliana Vicma e Barbara
Braw e dois atores Fábio Massanet e João Luiz, enfrentam com
entrega o texto que, sem dúvida, revela um dramaturgo empenhado na
busca de criar um universo de símbolos (os quatro elementos, o
hibridismo- cada personagens relacionado a um animal,
contemporaneidade com a bela sonoplastia de bandas Metal “ Alemãs)
e usando com precisão os recursos exigentes ( a iluminação por
exemplo, tudo somando coloca em cena a coragem de criar( rollo-may) e
mais que isso: o prazer com tradução de um trabalho.
Teatro
não é lugar de tirar 10 (Frase de Fernanda Montenegro) e sim a arte
da ousadia, e ai a companhia teatro Genoma tira 10.
São
jovens e já mostram a que vieram: formação de público, apego pela
cultura, curso de formação de ator, lapidação dos elementos de
estética, Realização de sonhos, a criação de espetáculos que se
sustentam, como este sobre Salomé.
Você
pode até não gostar, ou “estranhar” mas ao sair do teatro vai
sentir o cotidiano alterado e talvez entenderá porque a arte teatral
atravessa os séculos: esses moços estão fazendo história e é o
Instituto teatro genoma a Usina desta energia: estranha arte que
envolve todos os sentidos, e todos os sentimentos- e ainda consegue
dialogar.
Rodrigo
Marcondes e sua trupe”são um ato de coragem e talento”.
A
luz da ribalta para iluminar a vida e deixou escrito Oswald de
Andrade “A vida precisa ser iluminada”.
Beto
Massoni
CRITICA
DE RENATO PAES
-
Mestre em educação, especialista em comunicação social, pedagogo,
licenciado em letras UFRJ, ator profissional e professor
universitário de técnicas teatrais, história do teatro brasileiro,
literatura brasileira e comunicação.
Salomé-
Direção de Rodrigo Marcondes
Adaptação do livro da peça “Salomé” De Oscar Wilde. Quando escreveu em mil oitocentos e noventa e um, e em francês, Wilde desejava usar a língua francesa como instrumento á procura do Belo – portanto uma experimentação de expressão.
O autor,adaptou o texto bíblico, que se passa no dia do aniversario de Herodes, onde todos desejam Salomé. Salomé, por sua vez, só deseja João Batista, o mesmo que batizou o Cristo. E, João Batista a rejeita.
Salomé dança para Herodes e, de presente ganha a cabeça de João Batista numa bandeja. Só então ela consegue seu sonhado beijo. Wilde foi acusado de excessiva liberdade ao adaptar o texto bíblico, o que justificou a demora de alguns anos para ver seu texto encenado. Hoje, o texto é consagrado e merecedor de montagens significativas.
Rodrigo Marcondes optou por um espetáculo inspirado no texto original e fez dele seu exercício de experimentação de expressão.
O espetáculo foi concebido na linguagem teatro genoma, desenvolvida pelo diretor. A linguagem possui três veias: a teórica, a plástica, e a interpretativa. Estuda-se o DNA da criação: A gênese da personagem e a árvore genealógica. A personagem herda as semelhanças com um animal, seus movimentos e características sonoras. Vê-se uma mutação genética: Homem + Animal. Vê-se a máscara dupla, a dualidade do hibrido, o ator com sua mascara homem/animal. Juliana Vicma, é a protagonista Salomé/A cobra, num trabalho de bela expressão corporal e vocal.
Marcondes subverte a linguagem lírica Wilde e, ousadamente, cria um espetáculo forte e viril, num estilo neogótico: Cria plasticamente, imagens fortes, inusitadas, e de grande impacto. A sonoplastia é impecável, numa escolha acertada de Tristânia, banda Doom Metal.
O cenário traz plasticamente a terra como o elemento e o andaime central que serve como prisão de João Batista e espaço para que Salomé destile seu veneno e toda sua sensualidade. O elenco conta ainda com Fábio Massanet (João Batista) que escolheu criar um personagem que trilha entre a loucura e o demoníaco, e subvertendo a imagem do profeta de Cristo. João Luiz (Herodes) num trabalho que conquista a simpatia do público e Barbara Braw (Anjo da Morte).
O espetáculo ousa, escolhendo uma linha pouco convencional e longe da linguagem do teatro, dito, clássico – aliás, marca conhecida de Marcondes por seus trabalhos, e gosto pela pesquisa e experimentação teatral.
Mas afinal, o que é a arte, senão uma transgressão? Quem é o artista, senão aquele que ousa subverter ou transgredir?
Rodrigo Marcondes e a Cia Teatro Genoma, são transgressores de Wilde, e só por isso, já merecem nossa presença em seu espetáculo inovador.
Adaptação do livro da peça “Salomé” De Oscar Wilde. Quando escreveu em mil oitocentos e noventa e um, e em francês, Wilde desejava usar a língua francesa como instrumento á procura do Belo – portanto uma experimentação de expressão.
O autor,adaptou o texto bíblico, que se passa no dia do aniversario de Herodes, onde todos desejam Salomé. Salomé, por sua vez, só deseja João Batista, o mesmo que batizou o Cristo. E, João Batista a rejeita.
Salomé dança para Herodes e, de presente ganha a cabeça de João Batista numa bandeja. Só então ela consegue seu sonhado beijo. Wilde foi acusado de excessiva liberdade ao adaptar o texto bíblico, o que justificou a demora de alguns anos para ver seu texto encenado. Hoje, o texto é consagrado e merecedor de montagens significativas.
Rodrigo Marcondes optou por um espetáculo inspirado no texto original e fez dele seu exercício de experimentação de expressão.
O espetáculo foi concebido na linguagem teatro genoma, desenvolvida pelo diretor. A linguagem possui três veias: a teórica, a plástica, e a interpretativa. Estuda-se o DNA da criação: A gênese da personagem e a árvore genealógica. A personagem herda as semelhanças com um animal, seus movimentos e características sonoras. Vê-se uma mutação genética: Homem + Animal. Vê-se a máscara dupla, a dualidade do hibrido, o ator com sua mascara homem/animal. Juliana Vicma, é a protagonista Salomé/A cobra, num trabalho de bela expressão corporal e vocal.
Marcondes subverte a linguagem lírica Wilde e, ousadamente, cria um espetáculo forte e viril, num estilo neogótico: Cria plasticamente, imagens fortes, inusitadas, e de grande impacto. A sonoplastia é impecável, numa escolha acertada de Tristânia, banda Doom Metal.
O cenário traz plasticamente a terra como o elemento e o andaime central que serve como prisão de João Batista e espaço para que Salomé destile seu veneno e toda sua sensualidade. O elenco conta ainda com Fábio Massanet (João Batista) que escolheu criar um personagem que trilha entre a loucura e o demoníaco, e subvertendo a imagem do profeta de Cristo. João Luiz (Herodes) num trabalho que conquista a simpatia do público e Barbara Braw (Anjo da Morte).
O espetáculo ousa, escolhendo uma linha pouco convencional e longe da linguagem do teatro, dito, clássico – aliás, marca conhecida de Marcondes por seus trabalhos, e gosto pela pesquisa e experimentação teatral.
Mas afinal, o que é a arte, senão uma transgressão? Quem é o artista, senão aquele que ousa subverter ou transgredir?
Rodrigo Marcondes e a Cia Teatro Genoma, são transgressores de Wilde, e só por isso, já merecem nossa presença em seu espetáculo inovador.
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