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quinta-feira, 19 de maio de 2011

UMA OUTRA ESTAÇÃO PARA RUTH EMOCIONA A PLATÉIA

Palestra aborda exploração sexual e tráfico de jovens
Evento fez parte do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual
Evento fez parte do Dia Nacional de Combate ao Abuso
Praia Grande intensificou o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes ao longo dos últimos anos. As ações na Cidade têm reunido secretarias e conselhos municipais, entidades e sociedade civil. Nesta quarta-feira (18), profissionais das pastas de Promoção Social (Sepros), Educação (Seduc) e Saúde Pública (Sesap) participaram de evento relacionado ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Durante cerca de 2h30, no Auditório Jornalista Roberto Marinho, Bairro Mirim, cerca de 250 pessoas acompanharam atentamente informações de duas palestras com tema “Tráfico de pessoas e exploração sexual, como enfrentar este desafio?”.

Ao final ocorreram apresentações artísticas. A peça “Uma outra estação para Ruth” emocionou a todos quando expôs o cotidiano de uma menina violentada que procurava ajuda, encenada pela Cia. Teatro Genoma. A Companhia de Dança Tribu’s, que faz trabalho social na Cidade, arrancou aplausos com coreografias que contavam com elementos típicos de dança do País.
“O objetivo era trazer esta temática nova sobre o tráfico de pessoas para que os profissionais conhecessem este tipo de fenômeno. A partir daí teremos condições de elaborar, propor ações e novas discussões para analisar de forma diferenciada essas chegadas e idas de meninas e meninos de outras cidades que chegam à Praia Grande”, comentou a chefe da Divisão da Criança e do Adolescente da Sepros, Sônia Aparecida Alves Gama dos Santos.

A representante da Sepros apontou o trabalho desenvolvido em conjunto como diferencial de Praia Grande. “Esta rede tem extrema importância nos serviços prestados. Temos a missão, independente da secretaria, de lutar para transformar essas situações que vem ocorrendo nas famílias principalmente na questão de violação de direitos”, disse.

Sônia Gama ressaltou ainda o papel da sociedade, que conta atualmente com canais de comunicação para fazer parte desta rede de atuação. “Praia Grande possui os conselhos municipais da criança e do adolescente, do idoso e da assistência. Desta forma o cidadão tem a possibilidade de discutir as questões sociais do município. A sociedade tem espaço de fala e é importante na construção deste trabalho. Ela não pode ficar alheia neste processo”.

Para a palestrante e representante do Comitê Institucional de Prevenção e Enfrentamento do Tráfico de Pessoas do Estado de São Paulo, Claudia Luna, os profissionais e também população devem ter maior atenção para detectarem supostos casos de abusos.

“Somente desta forma ocorrerá diminuição destas ocorrências. É preciso ter uma reflexão do papel que assumimos na sociedade. Não se pode mais ficar alheio a este tipo de atitude”, comentou a palestrante.

Enfrentamento - Em Praia Grande, a política de enfrentamento já funciona de forma interligada, onde participam representantes das secretarias de Promoção Social e trabalho (Sepros), de Educação (Seduc), de Saúde Pública (Sesap), de Juventude, Esportes e Lazer (Sejel), Cultura e Turismo (Sectur). Além dos setores da esfera municipal participam: o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Conselho Tutelar, OAB, Delegacia da Mulher, polícias Civil e Militar, e sociedade civil.

De 2002 (com o início do Programa Sentinela, atual Serviço de Enfrentamento do Abuso, Violência e Exploração Sexual da Sepros) a agosto de 2010, foram atendidas 700 pessoas, entre crianças e adolescentes. Destas, 512 receberam acompanhamento por sofrerem abuso sexual; 58 por exploração sexual; 56 devido à violência física; 48 de negligência; e 26 por violência psicológica. Do total, 55% são crianças e 45% adolescentes. Dentre eles, 70% dos menores vitimizados pertencem ao sexo feminino e 30% ao masculino.

Atualmente, 426 casos ainda continuam sendo acompanhados pela equipe do Serviço de Enfrentamento do Abuso, Violência e Exploração Sexual. A mesma é formada por dois assistentes sociais, dois psicólogos, um educador e uma coordenadoria administrativa.

O grupo atende na sede da Sepros, localizada na Rua Paulo Fefin, 775, Bairro Boqueirão. 

FONTE PG NOTÍCIAS - 
Notícia do dia 18/5/2011
Por Pedro Sbravatti, MTB: 35.768

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